Nunes lamenta morte de idoso após enxurrada invadir casa na região do Beco do Batman e diz que área 'é quase um vale'

  • 27/01/2025
(Foto: Reprodução)
No sábado (25), o prefeito tinha dito, sobre enxurrada que atingiu a região da estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do Metrô, que não havia o que fazer na área para deter a força da água. Rodolpho Tamanini Netto, artista plástico Arquivo pessoal O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lamentou neste domingo (26) a morte do artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, na região do Beco do Batman, na Zona Oeste da capital devido às chuvas da sexta (24). "A gente sente demais. O senhor de 73 anos faleceu ali no Beco do Batman, ali é uma região que realmente é quase um vale, que concentra a água vindo de muitos locais", afirmou. "A gente tem procurado fazer algumas ações ali, mas é um local difícil, muito impermeabilizado, e um carro acabou sendo arrastado e acabou levando essa pessoa. Óbvio que a gente lamenta demais." ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Segundo ele, o que tem de "positivo" é que "não tivemos até agora, e espero que não tenha, é de [casos] de deslizamentos nas nossas encostas, da beira de córregos, porque a gente realmente investiu muito. Aumentamos o nosso efetivo para atuar nessas ações de emergência". No sábado (25), o prefeito também havia falado sobre os problemas causados pela chuva na capital paulista na sexta-feira (24). Sobre a enxurrada que atingiu a região da estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do Metrô, que tem deixado a estação fechada desde sexta (26), ele disse que não havia o que fazer na região para deter a força da água. A estação permanece fechada neste domingo (26) e a previsão é de retorno das atividades em todo o trecho a partir de Santana apenas na segunda-feira (27). São três estações fechadas na Linha 1-Azul nesse momento (veja mais aqui). 'É humanamente impossível conter', diz Nunes sobre temporal que caiu em estação de SP “Num volume de água igual aquele [na estação São Paulo do Metrô], não adianta, você vai ter problema. É humanamente impossível conter, com a quantidade de água e aquele volume, no mesmo local em um espaço curto de tempo. Ali é um vale. Tivemos situações no passado de ter essa situação, agora é trabalhar para fazer bombeamento”, afirmou Nunes (veja vídeo acima). “A gente precisa ser muito transparente, com aquela quantidade de água, colocou um rio ali. Podia fazer o que fosse, não teria condições de evitar os danos. Infelizmente são situações do clima que tem acontecido e a gente tem que estar preparado. Agora é fazer ações, pegar o mapa de drenagem e fazer bombeamento como a gente tem o sistema no túnel do Anhangabaú. Mas sinceramente falando, com aquele volume de água, não teria nenhum mecanismo que pudesse evitar aquele tipo de transtorno”, avaliou. Segundo o prefeito, os transtornos foram causados por um volume muito grande de água em curto espaço de tempo. Essa é uma característica, segundo Nunes, das mudanças climáticas no mundo. “Foi um volume de chuvas enorme. Choveu ontem [sexta] o equivalente a metade do que estava previsto para chover o mês inteiro. Tivemos vários problemas, mas a resiliência da cidade demonstrou uma cidade sendo devolvida rapidamente com toda essa quantidade de chuva, demostrando que os investimentos que temos na área de drenagem, canalização de córregos e contenção de encostas tem surtido efeito”, disse. Chuva deixa estação de metrô alagada e passageiros se agarram nas grades em SP Carros ilhados no Jardim São Paulo, ao lado da estação Jardim São Paulo - Ayrton Senna Arquivo Pessoal “Lógico que tem muita coisa a fazer, mas hoje nós temos oito piscinões em andamento. Estamos licitando mais um piscinão do Rio Verde, em Itaquera. E essa obras vão fazendo frente a um novo momento do mundo, né, que são as mudanças climáticas. Volume muito grande de água em espaço curto de tempo, que é o que estamos vendo nas cidades pelo mundo. Não seria diferente aqui em São Paulo”, avaliou. O prefeito afirmou ainda que a capital no momento da chuva tinha 2.400 funcionários de plantão para ajudar na recuperação da cidade após o temporal, com mais de 350 carros à disposição para atender a população. “A cidade, apesar da gente ter tido problema, vocês vão convir que pontos onde houve mais de 100 milímetros de água, com transtornos, mas, pelo volume de água, até que o resultado não foi tão negativo como poderia ter sido se não tivesse sido realizado muitas obras de drenagem na cidade”, declarou. Chuva chuva alaga metrô em SP, e passageiros se agarram em grades para não serem levados por correnteza Arquivo Pessoal Alagamento na Pompeia Avenida Pompeia, Zona Oeste de SP, fica alagada durante chuva nesta sexta-feira (24) Em entrevista coletiva no Páteo do Colégio, onde abriu os festejos do aniversário da cidade na manhã de sábado (26), o prefeito de SP destacou que a gestão dele tem agora um Plano Diretor de Drenagem, e que, a partir dele, vai haver intervenções específicas para deter os impactos das enchentes em alguns bairros. Ele destacou a região da Avenida Pompeia, que mais uma vez encheu de água na sexta-feira (24) e causou enormes transtornos também na Rua Palestra Itália e também na Avenida Francisco Matarazzo, impedindo o tráfego de veículos durante várias horas. “Tem algo fundamental é que a gente conseguiu concluir agora o nosso Plano Diretor de Drenagem. A cidade não tinha um plano diretor de drenagem. Hoje ele indica todas as bacias, quais são as situações atuais e quais são as medidas necessárias a serem tomadas pra poder resolver as questões de alagamentos na cidade. Então hoje a gente tem um estudo, todo feito, todo mapeado da cidade para fazer as ações necessárias. E que a gente tem feito”, contou. Passageiros enfrentam túnel alagado na Estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna do Metrô (Linha 1-Azul), na zona norte da capital paulista, após o temporal que atingiu a cidade na tarde desta sexta-feira, 24 AGATHA GAMEIRO/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO “Você pega na Avenida Pompeia ontem, a gente identificou, por exemplo, de que é necessário ampliar as galerias, porque o volume de água que está caindo, você não tem o diâmetro necessário para a captação necessária para escoar a água para o rio. São questões que a gente vai agora adequando sobre essa nova realidade de volumes muito grandes de água num espaço pequeno de tempo. É como você pegar um balde de água e jogar na pia. O que precisa fazer agora é aumentar essas áreas que a gente tá mapeando”, declarou. Chuva histórica A cidade de São Paulo registrou nesta sexta-feira (24) o terceiro maior volume de chuva desde o início das medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961 — foram 125,4 mm acumulados. Os transtornos causados foram diversos. A Zona Norte foi a região mais afetada da capital, com ruas alagadas, carros levados pela enxurrada e cachoeira em escadarias do Metrô. Homem atravessa a alagada avenida Cruzeiro do Sul, zona norte de São Paulo, após o temporal que atingiu a cidade na tarde desta sexta-feira (24) MIGUEL SCHINCARIOL/ESTADÃO CONTEÚDO Na estação Jardim São Paulo (linha 1-Azul), em Santana, passageiros tiveram que se agarrar a grades para não serem levados pela correnteza da água que invadia o local. Devido ao grande volume de água que entrou na estação, a linha 1-Azul opera neste domingo (26) somente no trecho entre Jabaquara e Santana. O sistema Paese, de ônibus, foi acionado para atender os passageiros no trajeto entre Tucuruvi e Jardim São Paulo, onde as equipes do Metrô trabalham para drenar as vias e restabelecer o funcionamento de equipamentos. Na Grande São Paulo, 34,4 mil imóveis seguiam sem energia às 11h30 desta manhã, segundo a distribuidora Enel. Desses, 27,2 mil ficam na capital. Confira abaixo imagens do cenário enfrentado em São Paulo. Pessoas são transportadas de bote em meio o alagamento na Av. Cruzeiro do Sul, após a forte chuva que atingiu o bairro de Santana, na zona norte de São Paulo, no final da tarde desta sexta-feira (24) GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Multidão de passageiros se aglomera na Estação da Luz da CPTM, na região central de São Paulo, após os transtornos causados pelo temporal que atingiu a cidade na tarde desta sexta-feira, 24. A CPTM registrou interrupção da circulação de trens em trechos de diversas linhas em razão dos alagamentos provocados pela chuva ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A forte chuva que atingiu o bairro de Santana, na zona norte de São Paulo, provocou alagamento na Av. Cruzeiro do Sul, complicando o trânsito na região no final da tarde desta sexta-feira (24) ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoas atravessam a alagada avenida Cruzeiro do Sul, zona norte de São Paulo, após o temporal que atingiu a cidade na tarde desta sexta-feira (24) MIGUEL SCHINCARIOL/ESTADÃO CONTEÚDO Multidão de passageiros se aglomera na Estação da Luz da CPTM, na região central de São Paulo, após os transtornos causados pelo temporal que atingiu a cidade na tarde desta sexta-feira, 24. A CPTM registrou interrupção da circulação de trens em trechos de diversas linhas em razão dos alagamentos provocados pela chuva ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Bombeiros utilizam bote para ajudar moradores em meio ao alagamento provocado pelo forte temporal que atingiu o bairro da Pompeia, região oeste da cidade de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (24) MARCELO D. SANTS/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO SP - CLIMA/SÃO PAULO/TEMPORAL - GERAL - Pedestres se protegem da chuva que atinge a região central de São Paulo na tarde desta sexta-feira (24) CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A forte chuva que atingiu o bairro de Santana, na zona norte de São Paulo, provocou alagamento na Av. Cruzeiro do Sul, complicando o trânsito na região no final da tarde desta sexta-feira (24) ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO O temporal que atingiu a São Paulo na tarde desta sexta-feira (24) causou alagamento nos trilhos da CPTM na Estação do Brás, na região central da cidade ALEX MIRANDA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A forte chuva que atingiu São Paulo na tarde desta sexta-feira (24) provocou uma enxurrada na rua João Ramalho, no bairro de Perdizes, região oeste da cidade ALEX MIRANDA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Multidão de passageiros se aglomera nas plataformas da Estação da Luz da CPTM, na região central de São Paulo, após os transtornos causados pelo temporal que atingiu a cidade na tarde desta sexta-feira, 24. A CPTM registrou interrupção da circulação de trens em trechos de diversas linhas em razão dos alagamentos provocados pela chuva ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO O temporal que atingiu a São Paulo na tarde desta sexta-feira (24) causou alagamento nos trilhos da CPTM na Estação do Brás, na região central da cidade ALEX MIRANDA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Fusca de placa preta destruído após chuva em São Paulo Márcio Rodrigues/g1 Alagamento em obras da futura estação Sesc-Pompeia, na Zona Oeste de SP Leonardo Leomil/TV Globo Ponto de alagamento na Rua da Cantareira, na altura do Mercado Municipal de São Paulo, na região central de São Paulo, após o tempotal que atingu a cidade WILLIAN MOREIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/01/26/nunes-lamenta-morte-de-idoso-apos-enxurrada-invadir-casa-na-regiao-do-beco-do-batman-e-diz-que-area-e-quase-um-vale.ghtml


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