Atirador que matou turista por engano na frente da namorada após ser contratado por R$ 30 mil é preso
08/10/2025
(Foto: Reprodução) Suspeito de matar turista em praia de Guarujá é preso em São Paulo
Vanderlei Alves de Oliveira, apontado pela Polícia Civil como o responsável por matar João Victor Brito Rosa, turista de 20 anos baleado na frente da namorada em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi preso na capital paulista. Segundo a corporação, a vítima foi morta por engano. Outros dois homens já haviam sido detidos por participação no crime.
O caso aconteceu em local próximo ao Canto do Tortuga, na Praia da Enseada, em 19 de dezembro de 2024. A TV Tribuna, afiliada da Globo, apurou que as vítimas haviam chegado de Carapicuíba (SP) para passar o dia na cidade. Conforme apurado pelo g1, Vanderlei foi preso na última terça-feira (7), no bairro Grajaú, em São Paulo.
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Segundo o delegado Thiago Nemi Bonametti, Vanderlei confirmou à polícia que matou o rapaz por engano. O agente afirmou que os suspeitos se apegaram ao apontamento feito por quem estava mandando e pagando pela execução, que apenas teria indicado o alvo como um homem acompanhado de uma mulher na praia.
“Eles não conferiram. Eles nem, segundo disseram, tinham visto o rosto do alvo real", disse o delegado.
Vanderlei Alves de Oliveira é apontado pela polícia como o assassino do turista de 20 anos na Praia da Enseada, em Guarujá, SP
Polícia Civil e Yasmin Braga/TV Tribuna
Segundo Bonametti, Vanderlei negou ter recebido os R$ 30 mil para executar o alvo original, no entanto, a polícia tem a confirmação bancária de que transferências foram feitas, além de informações fornecidas pelos outros envolvidos.
"Foi um grande trabalho de investigação, semanas de monitoramento de inteligência, até que a gente percebeu que ele poderia fugir realmente da região em que ele estava e a gente intensificou esse trabalho", explicou o delegado.
Bonametti afirmou que o caso foi encerrado. O delegado acrescentou que as prisões dos três envolvidos são importantes para trazer alento aos familiares da vítima, que poderão ver que a justiça foi feita.
"E é bom ressaltar, a vítima não tinha absolutamente nenhuma razão para ter sido vitimada. Ela não tem nada a ver com a história, não tem nenhuma relação com essas pessoas e foi morta por engano em um período de lazer que estava com a sua namorada", complementou.
Atirador
Polícia alega que João Victor (à esq.) foi executado por Vanderlei (à dir.)
Polícia Civil/Divulgação
Segundo a Polícia Civil, Vanderlei foi orientado a matar o atual companheiro da ex-namorada de Vagner Sebastião Barbosa, o mandante do crime. O atirador foi contratado por aproximadamente R$ 30 mil, enquanto o condutor do veículo que o levou até o local recebeu ao menos R$ 5 mil.
Vanderlei era o único que estava foragido após ter ido embora do local do crime em um carro com dois homens: Vagner Sebastião Barbosa, preso por ser o mandante do crime, e Eliaquim Ferreira do Nascimento, detido por conduzir o veículo e abordar a vítima errada.
"Eles acabaram atingindo João Victor porque era o único casal na praia naquela hora logo cedo, e tanto ele como a mulher que o acompanhava eram parecidos, e a ex-companheira do Vagner tem casa exatamente naquela praia", afirmou anteriormente o delegado à equipe de reportagem.
Homem morreu após ser baleado na praia da Enseada, em Guarujá, SP
Yasmin Braga/TV Tribuna
Prisões
Eliaquim foi preso no dia 20 de janeiro deste ano suspeito de participar da execução de João Victor. Segundo o delegado Bonametti, era ele quem dirigia o carro usado no crime. A prisão ocorreu no bairro República, em São Paulo, onde ele estava escondido.
Já no início de fevereiro, Vagner, o suspeito de ser mandante da execução, foi detido ao sair da casa de uma ex-companheira em local próximo ao Capão Redondo, na capital. O homem tinha um food truck onde vendia lanches, sendo que um deles era chamado de 'matador', o que despertou a atenção da polícia.
O g1 não localizou as defesas dos três homens presos até a publicação desta reportagem.
Eliaquim (à esq.) e Vagner (à dir.), suspeitos de participarem do assassinato
Polícia Civil